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Exame de Citologia em Cães e Gatos: Diagnóstico Precoce e Saúde com Precisão

Lapavet
23/06/2025
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A citologia veterinária é um dos exames complementares mais utilizados na clínica de pequenos animais, especialmente na avaliação de cães e gatos. Trata-se de uma ferramenta diagnóstica essencial, capaz de identificar precocemente uma ampla variedade de doenças, como infecções, inflamações e neoplasias. Por meio da análise microscópica de células obtidas de diferentes regiões do corpo, a citologia permite detectar alterações ainda em estágios iniciais. Esse diagnóstico antecipado possibilita intervenções mais eficazes, orienta a escolha do tratamento adequado e contribui significativamente para aumentar as chances de cura e promover a qualidade de vida dos animais.

O que é a citologia veterinária?

A citologia em cães e gatos é um exame laboratorial realizado a partir da coleta de células isoladas ou agrupadas de tecidos e líquidos corporais. A coleta pode ser feita por punção aspirativa com agulha fina (PAAF), raspagem, impressão direta ou coleta de fluido corporal.

É uma técnica rápida, minimamente invasiva, de baixo custo e que fornece informações importantes sobre processos inflamatórios, infecciosos e tumorais. Por isso, é amplamente indicada na rotina clínica veterinária.

Para que serve o exame citológico?

O exame citológico em cães e gatos tem diversas aplicações. Entre as principais, destacam-se:

  • Diagnóstico de infecções bacterianas, fúngicas ou parasitárias;
  • Avaliação de nódulos, massas e tumores;
  • Identificação de processos inflamatórios locais ou sistêmicos;
  • Pesquisa de células neoplásicas (cancerígenas);
  • Estudo de secreções ou líquidos cavitários, como urina ou líquidos pleurais.

Essa versatilidade torna a citologia uma excelente aliada na triagem e monitoramento de doenças em animais de companhia.

Como é feito o exame de citologia?

O procedimento é composto por três etapas: coleta da amostra, preparação da lâmina e análise microscópica.

Coleta da amostra

A coleta citológica é feita diretamente da área suspeita, como lesões de pele, linfonodos, mucosas, cavidade oral, órgãos internos ou líquidos como urina. Na maioria dos casos, é um procedimento simples, indolor e não requer sedação.

Locais comuns de coleta

Os locais mais comuns para coleta citológica em pets incluem:

  • Pele e subcutâneo;
  • Ouvidos;
  • Linfonodos;
  • Cavidade oral;
  • Bexiga;
  • Secreções nasais, oculares e vaginais;
  • Nódulos e massas visíveis.

Esses locais oferecem informações valiosas para o diagnóstico e acompanhamento de doenças.

Preparação da lâmina

Após a coleta, o material celular é transferido para uma lâmina de vidro por meio de técnicas como:

  • Esfregaço direto (smear);
  • Técnica do esmagamento (squash);
  • Impressão (imprint).

As lâminas são fixadas com metanol e coradas com métodos como Giemsa ou Papanicolaou, que permitem a visualização dos detalhes celulares ao microscópio.

Análise microscópica

A lâmina preparada é examinada por profissionais especializados, que identificam alterações morfológicas nas células. A análise permite classificar as lesões como inflamatórias, infecciosas, degenerativas ou tumorais.

Quais são os benefícios da citologia?

A citologia oferece várias vantagens na prática clínica:

  • Diagnóstico precoce: possibilita detectar doenças em estágios iniciais;
  • Exame minimamente invasivo: menos desconforto para o animal;
  • Agilidade nos resultados: ideal para decisões clínicas rápidas;
  • Baixo custo: torna-se uma alternativa acessível;
  • Repetição simples: útil no acompanhamento terapêutico.

Limitações do exame citológico

Embora seja altamente útil, o exame de citologia possui algumas limitações. Os resultados podem ser inconclusivos em casos de:

  • Lesões muito vascularizadas ou necrosadas;
  • Tumores que não liberam células com facilidade;
  • Amostras de baixa qualidade ou contaminadas.

Nestes casos, exames complementares como biópsia, histopatologia, ultrassonografia ou tomografia podem ser necessários para confirmação diagnóstica.

Importância do exame segundo estudos científicos

Um estudo retrospectivo realizado na FMVZ-Unesp (1994–2008) avaliou 11.468 exames citológicos e revelou:

  • 57,28% dos casos apresentaram lesões neoplásicas;
  • 19,28% foram inflamatórios;
  • 14,79% eram não-neoplásicos (degenerativos, imunológicos etc.);
  • 7,28% dos exames foram inconclusivos.

A maior parte das amostras foi de cães (92,06%), seguidos de gatos (4,08%). Os tumores foram mais prevalentes em fêmeas e em animais com média de idade de 10 anos.

Esses dados reforçam a relevância da citologia como método de triagem inicial e acompanhamento de doenças, especialmente oncológicas, em pets idosos.

Quando a citologia é indicada?

O exame de citologia é recomendado em situações como:

  • Presença de nódulos ou massas;
  • Lesões cutâneas persistentes;
  • Secreções incomuns e recorrentes;
  • Coceira intensa ou dor localizada;
  • Alterações de comportamento;
  • Sintomas resistentes ao tratamento convencional.

O ideal é que a indicação seja feita pelo médico-veterinário, que avaliará o quadro clínico do animal.

Conclusão

A citologia veterinária em cães e gatos é uma ferramenta segura, eficiente e acessível para detectar precocemente diversas enfermidades. Seu uso adequado contribui para diagnósticos mais rápidos e assertivos, melhorando a resposta ao tratamento e ampliando as chances de cura.

Veterinários que utilizam essa técnica em sua rotina ampliam a capacidade de oferecer um atendimento mais completo e preventivo aos seus clientes.

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O Lapavet dispõe de estrutura moderna, equipe altamente qualificada e laboratório próprio para realização de exames citológicos com excelência. Se o seu pet apresenta qualquer alteração, lesão ou sintoma persistente, converse com o veterinário e solicite a citologia.

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Referências

  1. Ventura, R.F.A., Colodel, M.M., & Rocha, N.S. (2012). Exame citológico em medicina veterinária: estudo retrospectivo de 11.468 casos (1994–2008). Pesquisa Veterinária Brasileira, 32(11), 1169–1173. https://doi.org/10.1590/S0100-736X2012001100016
  2. Raskin, R.E., & Meyer, D.J. (2010). Canine and Feline Cytology: A Color Atlas and Interpretation Guide (2ª ed.). St. Louis, MO: Saunders Elsevier. ISBN: 9781416049852.

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